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Capitulo 1

"Todos os cursos de ação são arriscados por isso a prudencia não é evitar o perigo mas calcular o risco e agir decisivamente"

                        Maquiavél

 

As imagens saltitavam em sua mente, apesar da conexão lógica entre os fatos algo parecia errado havia algo de estranho em tudo aquilo e aquela conclusão era óbvia demais dada relevância dos envolvidos pensava a garota. Sua mente relutante insistia no confronto. Afinal quem mais poderia ter feito algo tão terrível? Enganar-se diante da crua dureza daquela realidade era quase impossível. Não! Não pode ser! Não, não faz sentido, não pode ser verdade! Confuza repetia para si mesma a negativa numa  tentativa quase desesperada de convencer-se do contrário. De pelo menos por alguns instantes livrar-se da verdade  chocante alojada em sua memória. Um feixe de luz fino, quase tímido adentrava corajosamente o local, do alto até o chão. A presença daquela luz iluminou também a percepção da garota para o que havia em sua volta e a luz que vinha do alto indicava o caminho para uma pequena janela. Brenda levantou-se rapidamente e sem exitar subiu num monte de jornais e revistas velhas alí esquecidos. Agarrou-se na fresta que havia e cuidadosamente observou. Tudo parecia calmo e deserto, não havia um único movimento um único som que viesse do pátio de entrada, bem visível dali. Já posso sair concluiu temerosa a garota. Diante a visão externa do pátio viu também a possibilidade de sair de finalmente buscar a verdade que naquele momento era para ela mais valiosa do que sua própria vida e assim banir definitivamente de seu interior o demônio corrozivo da dúvida. Subitamente ela se desequilibra sob a instável e flutuante pilha de jornais e revistas e agarra fortemente a lateral da extreita janela. Recompõe-se. Rapidamente e olha ao seu redor olha para dentro da saleta escura em que estava mergulhada. Estantes, caixas, um amontoado de mobilia velha e até mesmo o monitor de computador danificado disputavam o espaço com a porta. A porta de pequena altura era apenas o desenho de um retangulo formado apartir da luz que chegava do exterior invadindo as frestas e recortando com firmeza a parede . Enquanto ela fitava a porta desafiadoramente também desafiava a si mesma internamente. Prendeu e prender a respiração ao maximo como fazia quando criança antes de mergulhos mais profundos e demorados. Lição aprendida das aulas de natação de sua infância. quando queria mergulhar o mais fundo que pudesse. Brenda quando criança tinha medo de mergulhar e ter seus pulmões abarrotados de oxigênio trazia algum conforto para ela naqueles momentos que inha que vencer o desafio de mergulhar. Foi como um reflexo uma tentativa de de vencer a paralisante onda cerebral de medo que dominava o seu corpo e seu movimentos. Atravessar aquela porta era como escolher entre a vida e a morte, contudo esperar por alguma ajuda de fora era ainda mais angustiante .Ela respiou fundo silenciosamente desceu do amontoado em que estava e cuidadosamente caminhou por entre os objetos a fim de alcançar a porta, a fim de espiar a fechadura em busca de um sinal positivo. Não haviam som do lado de fora e nem se visualizava nenhum movimento apenas as carteiras alinhadas A garota nunca havia vivido nada semelhante em todos os seu 17 anos de vida.